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Plataforma do Respeito intensifica enfrentamento ao discurso de ódio e às fake news contra a comunidade LGBTQIA+

Foto: Nelson Vasconcelos / Ascom DPU

 

Brasília – A Defensoria Pública da União (DPU) participou, na tarde desta terça-feira (16), em Brasília (DF), da apresentação da Plataforma do Respeito, desenvolvida pela Aliança Nacional LGBTI+. A iniciativa reúne um conjunto de ferramentas educativas, informativas e de enfrentamento às fake news LGBTQIA+fóbicas e aos discursos de ódio. O trabalho será realizado por meio de monitoramento, checagem e responsabilização dos autores.

Funcionando como uma agência de checagem híbrida, a plataforma integra profissionais das áreas do Direito e da Comunicação, além do apoio de uma inteligência artificial desenvolvida especialmente para o projeto.

De acordo com o coordenador do projeto, Jean Muksen, a tecnologia é capaz de monitorar, analisar e identificar padrões linguísticos, intenções comunicativas, disseminação de desinformação e manifestações de ódio, com foco na proteção e no monitoramento de conteúdos voltados à comunidade LGBTQIA+.

O diretor-presidente da Aliança Nacional LGBTI+, Toni Reis, explicou que, quando a plataforma detecta conteúdos que possam configurar discurso de ódio ou fake news, ela elabora relatórios descritivos detalhados, com imagens, vídeos, textos e código-fonte das páginas. “Mais do que desmentir conteúdos falsos, a Plataforma do Respeito propõe uma atuação estruturada para rastrear as origens da desinformação, denunciar seus impactos e viabilizar a responsabilização de autores e disseminadores”, afirmou.

A DPU participou como incentivadora da iniciativa, reforçando a importância de identificar e rastrear conteúdos falsos que incitam ódio e discriminação, assegurando a proteção da verdade e da dignidade das pessoas LGBTQIA+ no ambiente digital.

Representando a DPU, a defensora pública federal Gisela Baher destacou o caráter inovador da ferramenta. “A Plataforma do Respeito nasce como resposta firme e estruturada a esse cenário, reunindo tecnologia, direito e comunicação para proteger a verdade e a dignidade das pessoas LGBTI+. Mais do que desmentir mentiras, ela rastreia origens, denuncia impactos e viabiliza medidas concretas de justiça. As fake news LGBTI+fóbicas não apenas distorcem a realidade, elas alimentam o ódio, legitimam a exclusão e colocam nossas vidas em risco”, declarou.

O defensor público federal Atanasio Lucero, integrante do Grupo de Trabalho LGBTQIA+ da DPU, ressaltou que a plataforma representa um avanço significativo no enfrentamento à desinformação. “Há uma lacuna quanto à identificação ágil e à resposta eficaz a esses ataques, que se multiplicam com enorme rapidez, sem que haja medidas igualmente céleres para desmentir, esclarecer ou responsabilizar os autores. O principal desafio, agora, consiste em definir os próximos passos na utilização da plataforma, de modo a explorar suas possibilidades para a formulação de políticas públicas”, concluiu.

Também participaram do lançamento a secretária nacional dos Direitos da Pessoa LGBTQIA+ do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, Symmy Larrat, além de representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Universidade de Brasília (UnB), do Ministério da Educação (MEC) e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

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Assessoria de Comunicação Social 
Defensoria Pública da União