Brasília – No último dia 12, a Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou relatório que apresenta os dados sobre a fome e insegurança alimentar no mundo e no Brasil. O Grupo de Trabalho (GT) para a Garantia à Segurança Alimentar e Nutricional (GTSAN) da Defensoria Pública da União (DPU) manifestou sua preocupação com os dados informados através de uma nota, publicada abaixo, na íntegra:

“O Grupo de Trabalho para a Garantia à Segurança Alimentar e Nutricional da Defensoria Pública da União vem à público externar preocupação em relação aos números publicados no relatório das Nações Unidas sobre o Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo (SOFI), divulgado em conjunto por cinco agências especializadas da ONU (FAO, FIDA, UNICEF, OMS e WFP).

O Brasil tem 21 milhões de pessoas que não tem o que comer todos os dias e 70,3 milhões em insegurança alimentar, significando incertezas sobre a capacidade de obter alimentos. Esse número teve um incremento de 1,5 milhões de pessoas desde o último relatório divulgado, demandando do Estado políticas públicas eficazes para o enfrentamento dessa situação de extrema gravidade. O GT se mostra atento à implementação dessas políticas e na cobrança de todas as esferas governamentais de medidas eficazes para o enfrentamento da fome e insegurança alimentar.”

A defensora pública federal, Daniela Corrêa Jacques Brauner, é membro do GTSAN e reforça a preocupação com a questão da fome no país. “A divulgação do crescente número de pessoas em insegurança alimentar no Brasil acende a luz vermelha sobre a necessidade de implementar políticas públicas para o enfrentamento desse tema”, afirmou.

Segundo a defensora, “a DPU, como instituição de promoção e proteção aos direitos humanos, está atenta para o cumprimento do direito básico à alimentação, que precede à efetivação de todos os demais direitos fundamentais, evidenciando a necessidade de um olhar atendo para os grupos vulneráveis de nossa sociedade”.

Grupo de Trabalho

O Grupo de Trabalho para a Garantia à Segurança Alimentar e Nutricional foi estruturado para promover a defesa das cidadãs, cidadãos e comunidades em situação de insegurança alimentar e nutricional. O GTSAN monitora os casos de violação do direito à alimentação adequada e atua de forma integrada com a Comissão Especial “Direito Humanos à Alimentação Adequada”, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Suas atividades também se desenvolvem em diálogo institucional com o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional.

Leia aqui o Relatório da ONU na íntegra.

CDR
Assessoria de Comunicação Social
Defensoria Pública da União