DPU – Direitos Humanos

Notícias

Durante ATL, DPU destaca a defesa dos territórios indígenas como estratégia central contra a crise climática

Brasília – A Defensoria Pública da União (DPU) participou, nesta quarta-feira (10), da roda de conversa “Estratégias para o enfrentamento às mudanças climáticas a partir da defesa dos territórios indígenas”, realizada na tenda da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB), durante o Acampamento Terra Livre (ATL), em Brasília (DF). 

A atividade reforçou a atuação contínua da DPU ao lado dos povos indígenas e contou com a presença de lideranças, advogados indígenas e representantes de organizações parceiras. Para todos os participantes, a defesa dos territórios tradicionais é uma das formas mais eficazes de enfrentar a crise climática global. 

O defensor público federal Giorgi Sales, assessor de meio ambiente, mudança climática e mobilidade humana, apresentou as iniciativas da DPU junto às comunidades indígenas e destacou a relevância das terras indígenas para o equilíbrio climático e o bem-estar coletivo. “A proteção dos territórios indígenas é o ponto inicial para o bem-estar dos povos indígenas”, disse. 

Segundo Sales, a atuação da DPU ultrapassa os limites do judiciário e busca garantir acesso à justiça de forma articulada com os próprios povos indígenas. “Estamos dentro do Acampamento Terra Livre, não apenas dentro do judiciário. Temos o papel de facilitar o acesso à justiça, promovendo também direitos e cidadania. Nosso trabalho é sempre conjunto, nunca superior. Estamos aqui para somar com as organizações e advogados indígenas”, afirmou. 

Miranda Carmen, representante da organização Indian Law, parceira da COIAB, destacou o protagonismo indígena na proteção dos ecossistemas. “Os povos indígenas são os melhores defensores das florestas e fundamentais para as mudanças climáticas. Temos que atuar todos os dias para que governos possam acreditar na contribuição com o equilíbrio do planeta”, afirmou. 

O advogado indígena Paulo Pankararu reforçou a importância da demarcação de terras como medida de enfrentamento à destruição ambiental. “Esse é um trabalho que os povos indígenas já vêm fazendo. O cenário é muito complexo para nós, diante dos grandes empreendimentos que pensam apenas no lado econômico e não na proteção da natureza. Onde não há terras demarcadas, as empresas seguem implementando seus projetos, impactando diversas comunidades”, alertou. 

A mesa da roda de conversa foi coordenada pelas advogadas indígenas Carol Tukano e Alzerina Makuxi, integrantes da rede de advogados indígenas da COIAB.  

É a segunda vez que a DPU marca presença no ATL. A participação da instituição no debate reforça sua atuação em promover o acesso a direitos individuais e coletivos durante o ATL. A atuação da DPU envolve ainda atendimentos jurídicos individuais e iniciativas de caráter coletivo, que seguem até a próxima sexta-feira (11). 

Assessoria de Comunicação Social 
Defensoria Pública da União