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Direitos coletivos entram em discussão em itinerante na Terra Indígena Nawa
Mâncio Lima (AC) – “Hoje temos mais crianças do que adulto!”, a preocupação é da liderança Ilson Carneiro Nawa. O cacique questiona o futuro do território protegido para as próximas gerações. A fala aconteceu em reunião, na terça-feira (29), durante escuta ativa com a Defensoria Pública da União (DPU) na Terra Indígena Nawa, na região do Vale do Juruá, no Acre.
Os defensores Murillo Martins e Raphael Santoro — do Grupo de Trabalho Povos Indígenas (GTPI) — apresentaram o avanço dos temas envolvendo a atuação nos direitos territoriais e coletivos. O povo Nawa teve, em março deste ano, a portaria de atuação pelo órgão, o que levou a presença física da Defensoria na aldeia Novo Recreio.
Nossa Gente
“Precisamos cuidar dos nossos sítios sagrados, porque são as lembranças dos nossos antepassados”, disse o cacique. Além da proteção dos sítios sagrados, também foi discutida a proteção de povos indígenas isolados na região onde há vestígios desta população.
Durante a reunião, as lideranças Nawa destacaram a habitação dos indígenas em isolamento na região de fronteira com o Peru. “Eles, antes de ser indígenas, são gente; são nossa gente”, ressaltou a liderança Lucila Nawa.
Direitos Territoriais
Os indígenas Nawa ainda destacam que a demarcação merece atenção. “Não queremos terra pra dividir, queremos terra pra cuidar. Nós passamos muito sofrimento e continuamos nessa luta”, disse o cacique Ilson Nawa.
Na tarde do mesmo dia, os defensores também escutaram as lideranças Nukini, povo com o qual os Nawa tem forte relação política e cultural. A partir da escuta ativa, a DPU pretende realizar diálogos interinstitucionais para avançar nas demandas dos dois povos da região.
Assessoria de Comunicação
Defensoria Pública da União