Notícias
Arte em defesa da terra: resultado do II Concurso de Desenho da DPU mostra a contribuição de crianças indígenas e quilombolas

Brasília – A Defensoria Pública da União (DPU) compartilha hoje (23) o resultado do seu II Concurso de Desenho, que teve como tema “Contribuições dos Povos Indígenas e Quilombolas para o Enfrentamento da Emergência Climática e Justiça Ambiental” e foi voltado exclusivamente para estudantes do ensino fundamental matriculados em escolas indígenas e quilombolas.
“A qualidade artística e simbólica dos trabalhos revela não apenas o talento das crianças participantes, mas também a potência das narrativas ancestrais como ferramenta de educação em direitos humanos e valorização cultural. O concurso reafirma o papel da DPU na promoção de uma justiça que seja também étnico-racial, territorial e intergeracional. O impacto dessa iniciativa vai além dos números. Ao escolher como tema as contribuições dos povos indígenas e quilombolas para o enfrentamento da crise climática, a DPU fortalece o reconhecimento das ciências tradicionais e amplia a visibilidade das vozes que historicamente têm sido silenciadas.” afirmou a defensora pública federal Gisela Baer.
Os vencedores da segunda edição foram:
Ana Beatriz Maria de Carvalho, Escola Municipal Alípio Pereira Braga, Quilombo Mesquita, Cidade Ocidental – Goiás;
Júlio César de Souza Pereira, Escola Municipal de Tempo Integral Gercino Coelho, Comunidade Quilombola do Barro Preto, Jequié – Bahia;
Luís Fernando Chaves Silva Tapuia, Colégio Estadual Indígena Maurehi, Aldeia Buridina do Povo Karajá, Aruanã – Goiás;
Mariah Ester Cabrocha Miranda, Escola Municipal Indígena Gabriel Laureano Pólo, Aldeia Água Branca, T.I Nioaque, Nioaque – Mato Grosso do Sul;
Victor Gabriel Ordonez Martins, Escola Municipal Dionízio Antônio Vieira, Comunidade Rural e Quilombola de Furnas do Dionísio, Jaraguari – Mato Grosso do Sul;
Yafha Kelly Reis de Jesus, Colégio Estadual Indígena Dom Jackson Berenguer Prado, Vila Massacara do Povo Kaimbé, Euclides da Cunha – Bahia.
A Comissão Julgadora que avaliou os desenhos foi composta por colabores indígenas e quilombolas: Ykaruni Nawa, Braulina Baniwa, Alexandre Arapiun, Glauciane Lopes, Fran Paula e Maryellen Crisóstomo.
“Foi muito difícil chegar a um resultado do concurso. Cada desenho feito pelas crianças tinha um valor diferente, uma emoção diferente, e uma maneira de se expressar. Avalio que foi um concurso que possibilitou as crianças a também participarem dos processos de luta, a partir dos seus territórios. Falamos que a resposta para as crises climáticas virá dos territórios, com o conhecimento milenar e a ciência do invisível. As crianças fazem parte da construção para essas respostas, e precisamos também dar importância àquilo que elas dizem ou pensam. A maior contribuição delas é fazer a gente não perder a coragem de lutar”, comentou Alexandre Arapiun, comunicador indígena e membro da Comissão Julgadora do II Concurso de Desenho.
Os estudantes vencedores e suas respectivas escolas serão premiados com um aparelho celular e um certificado de participação. As obras serão apresentadas na COP 30, que acontecerá entre 10 e 21 de novembro, em Belém, no Pará. A iniciativa reafirma o compromisso da Defensoria Pública da União com a equidade, a diversidade e a sustentabilidade.
Veja aqui todas as obras.
Leia também: II Concurso de Desenho da DPU está com inscrições abertas até 29 de agosto
Assessoria de Comunicação Social
Defensoria Pública da União