Brasília – Setembro foi escolhido para conscientizar a sociedade sobre a valorização da vida e da saúde mental e a prevenção ao suicídio. O mês até recebe sobrenome para marcar o movimento: Setembro Amarelo. Neste 10 de setembro, Dia Mundial da Prevenção ao Suicídio, o Grupo de Trabalho (GT) Saúde da Defensoria Pública da União (DPU) reforça que os cuidados com o bem-estar da mente devem ser redobrados durante a pandemia.
A coordenadora do GT Saúde, Carolina Leite, destaca a necessidade de se ter rotinas saudáveis. “Com o distanciamento social, a saúde mental exige maiores cuidados de todos. É importante que a população se conscientize sobre a importância de desenvolver hábitos que auxiliem no desenvolvimento de uma mente saudável. Além disso, o Estado e as instituições públicas e privadas de saúde precisam se organizar para acolher e tratar as pessoas que necessitem de ajuda”.
Sobrevivendo ao isolamento
Durante a pandemia, o GT Saúde criou o Manual de Sobrevivência ao Isolamento Social, que abrange tópicos sobre “preocupações mais frequentes”; “relações emocionais esperadas”; “como administrar emoções em tempos de distanciamento social a partir da adoção de alguns hábitos”; “dicas para administrar mais facilmente as dificuldades que podem surgir”; “home office”; “um olhar para o isolamento, a quarentena, o distanciamento social temporário”, entre outros.
A cartilha esclarece que nossa mente está programada para controlar tudo e se sente desconfortável ao menor sinal de tempestade, de mudança de rota. É necessário aprender a manejar as variáveis incontroláveis em relação ao futuro – ninguém tem garantias de nada. A única garantia que temos é que as coisas, pessoas e cenários vão mudar. “É importante compreender que em um cenário extremamente volátil e de incertezas, nós vamos fazer escolhas “imperfeitas”, nós vamos tomar decisões equivocadas, ou seja, nós vamos errar e temos que nos permitir errar – o erro faz parte e traz aprendizados – o perfeccionismo (não se permitir errar) traz mais desvantagens do que ganhos”, explica a publicação.
“É importante tentar fazer coisas que podem fazer bem a você e aliviar a tensão, ligar ou enviar mensagem para amigos ou familiares. Além de buscar contato com um profissional de saúde mental, tais como: psicólogo, médico psiquiatra, psicanalista, e conversar com eles sobre suas dificuldades. Dessa forma, fortalecemos nossa mente com o alívio da ansiedade e esvaziamos os maus sentimentos, que nos prejudicam e tomam conta de toda nossa capacidade intelectual. A psicoterapia propõe um equilíbrio mental e o psicólogo dispõe de técnicas específicas para lidar até com as emoções mais intensas”, ressalta a cartilha.
GT Saúde
O grupo de trabalho tem a função de executar ações que exigem medidas imediatas para acabar com violações de direito e garantir acesso à saúde para as populações vulnerabilizadas. Também produz materiais informativos sobre saúde; presta assistência jurídica integral e gratuita; articula com órgãos governamentais e a sociedade civil a concretização do direito à saúde; envia recomendações; e faz comunicações aos órgãos internacionais encarregados da promoção e proteção dos direitos humanos.
“O GT Saúde tem como objetivo a defesa do direito à saúde, buscando promover parcerias e lançar diretrizes para uma atuação estratégica na tutela deste direito. A DPU atua na defesa do direito ao acesso a estes serviços, bem como aos tratamentos indispensáveis ao restabelecimento da saúde mental”, completa a defensora Carolina Leite.
CM/RRD
Assessoria de Comunicação
Defensoria Pública da União