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Repatriados dos EUA: mais 68 brasileiros retornam ao país e DPU orienta sobre direitos
Fortaleza – A Defensoria Pública da União (DPU) recepcionou, nesta sexta-feira (9), no aeroporto de Fortaleza (CE), mais 68 brasileiros que foram repatriados vindos dos Estados Unidos. Parte do grupo seguirá para o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte (MG), em Confins, com previsão de chegada às 15h, em aeronave disponibilizada pela Força Aérea Brasileira (FAB).
A ação faz parte do Programa Nacional de Acolhimento a Brasileiros Repatriados, da DPU, que visa garantir acesso à justiça integral e gratuita, além de oferecer um acolhimento humanizado a cidadãos brasileiros que retornam ao país em situação de vulnerabilidade. Até agora, o Brasil recebeu 680 repatriados entre os meses de fevereiro e maio deste ano, de acordo com o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC).
A recepção foi acompanhada pelo defensor regional de direitos humanos no Ceará, Edilson Santana. “Algumas pessoas chegam abaladas, outras pessoas estão com algum problema relacionado à documentação. A gente faz esse atendimento inicial aqui no aeroporto, de forma mais geral. Os casos que são identificados, que geram desdobramentos, a gente depois passa, obviamente, a acompanhar e prestar assistência jurídica nas unidades da Defensoria Pública espalhadas pelo país”, explicou.
O acolhimento desta sexta-feira contou com a presença da ministra do MDHC, Macaé Evaristo. “Aqui em Fortaleza a gente pôde ver a integração dos órgãos do governo federal, do estado e do município. É muito importante contar com a Defensoria Pública da União nesse acolhimento, especialmente nos seus postos descentralizados”, destacou. Ela reforçou que é fundamental garantir o acesso à Justiça “na ponta”, em todo o país.
Para a ministra, a força-tarefa que envolve diversos órgãos tem possibilitado um atendimento digno aos repatriados. “Essa integração é a única possibilidade que a gente tem de fazer esse acolhimento de forma digna, humanizada, que é o que a gente vem assistindo no debate do respeito aos imigrantes no mundo todo. É preciso tratar essas pessoas com respeito aos direitos humanos”, defendeu.
Evaristo pontuou que, a partir dos atendimentos, é possível traçar um perfil dos repatriados. “Nós vamos nos aproximando do perfil dessas pessoas que imigram do Brasil, muitas vezes buscando uma vida melhor. A gente vê um contingente importante de homens na faixa etária de 18 a 49 anos. É uma fase extremamente produtiva e é importante que a gente pense isso, inclusive, para pensar políticas de qualificação profissional e reinserção no mercado de trabalho.” No desembarque desta sexta-feira, 56 eram homens.
Assessoria de Comunicação Social
Defensoria Pública da União