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DPU pede investigação urgente da morte de ambulante senegalês em ação da PM em São Paulo
São Paulo – A Defensoria Pública da União (DPU) solicitou, nesta segunda-feira (14), a apuração imediata da morte do ambulante senegalês Ngange Mbaye, baleado e morto por um policial militar durante uma operação no bairro do Brás, região central de São Paulo. O caso ocorreu na última quinta-feira (11), durante uma ação de repressão ao comércio informal. Testemunhas relataram que Mbaye foi atingido ao tentar proteger suas mercadorias.
Mesmo socorrido, o ambulante não resistiu aos ferimentos. A DPU enviou ofícios ao Comando da Polícia Militar do Estado de São Paulo, ao Ministério Público de São Paulo e à Secretária da Segurança Pública do Estado de São Paulo, cobrando providências. Os documentos foram assinados pelo defensor regional de direitos humanos em São Paulo (DRDH/SP), Murillo Martins.
A morte de Mbaye gerou forte comoção nas redes sociais e foi amplamente repercutida pela imprensa. Organizações de direitos humanos e movimentos sociais classificaram o episódio como mais um caso de violência policial contra pessoas negras, imigrantes e em situação de vulnerabilidade social.
Nos ofícios, a Defensoria aponta o uso desproporcional da força por parte da Polícia Militar e destaca seu papel institucional na defesa dos direitos humanos e da população em risco, conforme estabelecido na Constituição Federal e na Lei Complementar nº 80/1994.
“Considerando a gravidade dos fatos narrados e a desproporcionalidade dos meios utilizados pela Polícia Militar, a DPU requer a devida instauração de inquérito para apuração dos acontecimentos, com vistas à responsabilização dos envolvidos”, afirmam os documentos.
Assessoria de Comunicação Social
Defensoria Pública da União