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Dia do Intérprete de Libras lembra importância dos profissionais no atendimento ao público

Brasília – Nesta quarta-feira (26) é comemorado o Dia Nacional do Intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras). Responsável por traduzir uma parte do mundo para pessoas surdas, o intérprete de libras tem papel fundamental na sociedade. Imagina chegar numa sala de aula e não poder ouvir todo o conhecimento que seu professor tem para te oferecer? Isso foi o que aconteceu na vida de Sílvio*, que estuda Engenharia Química na Universidade Federal de Alagoas (UFAL).

Desde criança, ele sabe a importância do profissional de Libras e, por isso, buscou a ajuda da Defensoria Pública da União quando chegou à universidade e não encontrou intérprete para as aulas. A mãe dele, Tânia*, explica que se juntou à mãe de outra aluna da universidade para pedir ajuda da DPU. “Se uma instituição abre vaga para pessoas com deficiência, ela deve se preparar para receber essas pessoas, mas não foi isso que aconteceu, então tivemos que buscar solução”, explica.

O intérprete de Libras é o profissional que domina a língua de sinais e a língua nativa falada do país em questão. Ele tem qualificação para desempenhar a função e dominar técnicas de tradução e interpretação. É preciso também que ele possua formação específica na área de sua atuação.

Emocionada, Tânia conta como esses profissionais foram importantes na formação do filho. “Aos intérpretes eu só tenho a agradecer. Muitos fazem o trabalho não só para interpretar, mas para transmitir amor. Durante todos esses anos eles me deram apoio e força para enfrentar essa caminhada como mãe”.

Atendimento da DPU

A falta dos profissionais na universidade foi questionada imediatamente pela DPU, assim que Tânia buscou ajuda. A UFAL explicou que tinha falta de profissionais na área. Por isso, a Defensoria buscou a Justiça Federal em Alagoas, que decidiu que a universidade e o governo federal deviam realizar a contratação de profissionais para exercer a função de tradutor-intérprete de Libras. A sentença foi o resultado de uma ação civil pública movida pelo defensor regional de direitos humanos em Alagoas e Sergipe, Diego Bruno Martins Alves.

O defensor explica que garantir a acessibilidade em Libras trata-se de uma missão institucional da DPU na promoção direitos humanos no brasil. “Nesse sentido, a DPU vem adotando todos os instrumentos legais por meio de recomendações e ações civis públicas para que os órgãos concretizem direitos fundamentais, especialmente sobre acessibilidade, para que pessoas com deficiência possam participar ativamente da vida em sociedade. Trata-se da efetivação do princípio da inclusão social, incorporado ao Estatuto da Pessoa com Deficiência”, destaca.

Os alunos da UFAL ainda aguardam a contratação exigida pela justiça. Sílvio explica a importância do profissional de libras para a vida dele. “É muito importante sermos acompanhados por um intérprete de formação profissional. Uma pessoa mais experiente na comunicação dos surdos é excelente, nos ajuda a crescer”, declara.

*Os nomes foram alterados para proteger a identidade das pessoas citadas

Assessoria de Comunicação Social
Defensoria Pública da União