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Escuta de casos de racismo religioso e iniciativas institucionais marcam tarde do Ipadê
São Luís – A tarde de quarta-feira (23) no evento “Ipadê agenda interinstitucional – Construindo estratégias de enfrentamento ao racismo religioso no Maranhão” contou com a escuta de casos de racismo religioso e iniciativas institucionais voltada para o tema. A Defensoria Pública da União (DPU), a Defensoria Pública do Estado do Maranhão (DPE/MA), Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) e Ministério Público do Maranhão (MPMA) participaram do painel.
A primeira mesa contou com os integrantes do ‘Painel 1 – Os casos de racismo religioso no Maranhão, seus desafios e perspectivas”, que aconteceria no período da manhã e foi transferida para o período da tarde, e do ‘Painel 2 – Apresentação de iniciativas institucionais de promoção dos direitos dos povos tradicionais de terreiros”.
A escuta contou com os depoimentos de Pai Lindomar, Mãe Ângela de Bacabau, Pai Micael, Talison Filipe filho de Mãe Zanziléia e Meire Rebelo da Casa Fante-Axante; casos de racismo religioso envolvendo agressões verbais e físicas, invasão de casas e terreiros, além de danos contra o patrimônio particular. ”Isso é apenas um panorama inicial. Temos relatos de casos graves aqui. Os órgãos públicos precisam escutar como é essa realidade”, destacou Iya Jô Brandão, coordenadora geral do Coletivo Dan Eji, que mediou os dois painéis.
Após os depoimentos, as instituições do Sistema de Justiça tiveram a oportunidade de apresentar suas iniciativas na promoção dos direitos dos povos tradicionais de terreiros e enfrentamento ao racismo religioso. Representando a DPU, tivemos a presença do defensor regional de Direitos Humanos do Maranhão (DRDH/MA), Yuri Costa.
“A pauta na DPU de combate ao racismo, de promoção à igualdade racial e de combate ao racismo religioso são tratadas a partir de dois sistemas específicos. Um é o sistema de Direitos Humanos, com o defensor nacional e defensores regionais de Direitos Humanos. O outro é o grupo de trabalho temático. Hoje, temos 15 grupos de trabalho envolvendo diferentes grupos vulneráveis e, desde 2018, criamos o GT Políticas Etnorraciais”, afirmou o defensor público federal Yuri Costa.
Também participaram do painel o juiz estadual Marco Adriano; o defensor público estadual Manuel Pacheco; e o promotor José Marcio.
O encontro está ocorrendo no auditório da sede da Defensoria Pública do Estado do Maranhão, no bairro Renascença, localizado na capital maranhense.
O evento é realizado pelo Coletivo Dan Eji em parceria com a DPE/MA, DPU/MA, Comitê de Diversidade pela Garantia de Direitos Humanos e Ministério Público do Trabalho (MPT). A iniciativa também conta com o apoio da Coordenadoria Ecumênica de Serviço CESE, do Fundo Elas e do Conselho Nacional de Direitos Humanos.
Como participar
As inscrições para o Ipadê – Agenda Interinstitucional são gratuitas. Os interessados podem realizar o cadastro presencialmente. Os interessados em acompanhar a programação também de forma on-line pelos canais do Conselho Nacional de Direitos Humanos CNDH, da DPU e do Coletivo Dan Eji.
Assessoria de Comunicação Social
Defensoria Pública da União