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Documentário sobre o Cais do Valongo é lançado no Dia da Consciência Negra, no Rio de Janeiro

Rio de Janeiro – No Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, a Defensoria Pública da União (DPU) foi à região conhecida como Pequena África, no Rio de Janeiro, lançar o documentário “Cais do Valongo: Luta pela Memória e Reconhecimento”. O Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos (IPN) foi o local escolhido para a exibição da produção audiovisual, que foi seguida por debate sobre a preservação da memória e da cultura negra no país.

O defensor público-geral federal, Leonardo Magalhães, abriu o evento junto à presidente do Instituto Ilê O dara e organizadora da Lavagem do Cais do Valongo, Maria Lídia Moraes, e ao historiador e coordenador do núcleo de pesquisa do IPN, Cláudio Honorato.

“Nós precisamos recuperar a memória, e essa é uma medida importante. Recuperar a memória para que a gente possa saber o que foi feito no passado, as violações sofridas e as violações que ainda, infelizmente, se perpetuam no nosso país contra a população negra”, afirmou Magalhães.

Após a exibição da peça audiovisual, aconteceu um debate sobre memória e herança africana com Maria Lídia Moraes, Cláudio Honorato e o defensor e coordenador do Grupo de Trabalho (GT) Políticas Etnorraciais da DPU, Yuri Costa. A mediação foi da defensora e membra do GT Natália Von Rondow.

“Valorizar a memória do Valongo, valorizar a memória das pessoas que resistiram e resistem em defesa da cultura africana e afrobrasileira é um papel fundamental também da Defensoria Pública da União”, ressaltou o coordenador do GT, que ainda mencionou o selo “DPU Contra o Racismo”, lançado este ano pela instituição.

Assista ao documentário aqui. 

O Cais do Valongo

O espaço sagrado Cais do Valongo é um importante lugar de preservação da memória da cultura negra. Entre 1775 e 1830, foi o maior porto de entrada de africanos escravizados nas Américas. O sítio arqueológico conserva mais de 510 mil itens que testemunham a diversidade cultural e a resistência dos povos africanos. Desde 2017, o Valongo é reconhecido pela Unesco como Patrimônio Mundial, um marco fundamental para o movimento afro-brasileiro.

Além do reconhecimento simbólico, a Defensoria Pública da União e o Ministério Público Federal (MPF) têm trabalhado em ações conjuntas que visam a proteção e a valorização deste patrimônio histórico. Entre elas, destacam-se o Projeto de Lei 4.894/2020, que propõe a criação do Museu da História da Escravidão e da Consciência Negra, e o Projeto de Lei 2.000/2021, que busca estabelecer diretrizes para a especial proteção do Cais do Valongo.

Assessoria de Comunicação Social
Defensoria Pública da União

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