DPU – Direitos Humanos

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União Brasileira de Mulheres participa de reunião com defensora nacional de Direitos Humanos

Brasília – A defensora nacional de Direitos Humanos (DNDH), Carolina Castelliano, recebeu na última quinta-feira (06), representantes da União Brasileira de Mulheres (UNM) e Sophia Hernandez, irmã da artista Julieta Hernández que foi brutalmente assassinada em janeiro deste ano. O encontro foi uma oportunidade para realizar a escuta qualificada de pessoas que atuam no enfrentamento ao feminicídio e compartilhar as iniciativas da Defensoria Pública da União (DPU), através da DNDH e das Defensorias Regionais de Direitos Humanos, em relação a protocolos de combate e divulgação de informações de feminicídio no Brasil.

Castelliano destaca que o caso de Julieta Hernandéz envolveu violências de diversos níveis e dimensões, pois, além do feminicídio em si, a exploração sensacionalista dos detalhes do crime pela mídia representou uma forma de revitimização que afeta todas as mulheres da sociedade em alguma medida.

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Segundo a DNDH, “a DPU considera o caso de Julieta Hernandéz emblemático, por ser um recado claro sobre a impossibilidade de as mulheres exercerem suas liberdades de forma plena no mundo. Por isso, achamos extremamente necessário receber as demandas trazidas pela irmã de Julieta, Sophia Hernandez”. Ela ressalta, também, que o encontro serviu para “compartilhar uma nota técnica, produzida no âmbito da Defensoria Nacional e das Defensoria Regionais de Direitos Humanos, propondo a construção conjunta de um protocolo para que os casos de feminicídio sejam divulgados sem qualquer aspecto sensacionalista, com o máximo de respeito às vítimas e de forma a não fomentar mais casos ou estimular a impunidade”.

A nota técnica “Construção de Política Pública de Prevenção Primária para Divulgação Midiática de Casos de Feminicídio” foi lançada em 8 de março deste ano, com o intuito de propor uma política pública que estabeleça parâmetros mínimos para a divulgação midiática destes casos, inspirando-se em práticas bem-sucedidas de outros países.

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Além das mulheres membras da UNM, esteve presente também a defensora pública federal e integrante do Grupo de Trabalho Mulheres, Liana Lidiane Pacheco.

Ato cultural Brasil Contra o Feminicídio

A reunião faz parte de uma série de agendas que uma comitiva de ativistas, junto com Sophia Hernandez, está organizando em memória à artista assassinada e que culminará no ato cultural “Brasil Contra o Feminicídio: liberdade para as mulheres”, em Brasília e no Amazonas, com atividades de conscientização e mobilização. Além disso, serão realizadas oficinas de materiais gráficos e um ato de solidariedade envolvendo movimentos sociais e movimentos de mulheres. Na ocasião, Sophia também visitará Presidente Figueiredo (AM), município da região metropolitana de Manaus, onde ocorreu o crime.

Caso Julieta Hernandez

A artista venezuelana Julieta Hernández Martínez, de 38 anos, foi barbaramente assassinada em uma cidade próxima a capital do Amazonas. Julieta estava desaparecida desde 23 de dezembro de 2023 e seu corpo foi encontrado em 8 de janeiro de 2024, com sinas de violência sexual.

*A atuação da DPU descrita nesta matéria está baseada nos seguintes Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU):
5 – Igualdade de gênero
17 – Parcerias e Meios de Implementação

(Fotos: Ailton de Freitas / DPU)

Assessoria de Comunicação Social
Defensoria Pública da União

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