Rio de Janeiro – Depois de cinco anos de tentativas, dona Marinete conseguiu a aposentadoria e o pagamento dos valores retroativos. O seu Rosalvo é diabético teve o dedo do pé amputado e sem condições de trabalhar também conseguiu se aposentar. O seu Severino, por sua vez, conseguiu o tão esperado benefício de prestação continuada (BPC/Loas). Esses e outros casos foram resolvidos durante mais uma edição do PopRuaJud, no Rio de Janeiro.

Desde que foi criado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o PopRuaJud tem se consolidado como uma ação importante para levar dignidade à população em situação de rua no Brasil. O mutirão foi desenvolvido a partir da Política Nacional Judicial de Atenção a Pessoas em Situação de Rua. Dessa vez, entre os dias 12 e 14 de setembro, o mutirão foi realizado no centro da capital fluminense.

A defensora púbica federal e coordenadora do Núcleo Criminal Militar, Taísa Bittencourt Leal, foi uma das representantes da DPU no mutirão. Além dela, participaram outros dois defensores públicos federais, três servidores e dois estagiários. Ao todo foram instaurados 16 processos de assistência jurídica e feitos 54 encaminhamentos.

“Foram atendidas muitas demandas e é realmente gratificante ver todo mundo trabalhando de forma generosa. Trabalhamos por três dias intensos para resgatar essas pessoas da miserabilidade”, aponta a defensora púbica federal. A Defensoria Pública da União (DPU) esteve presente durante a ação, ao lado de vários órgãos como Defensoria Pública do Rio de Janeiro (DPE-RJ), tribunais regionais do Trabalho e Eleitoral (TRT-RJ e TRE-RJ), Ministério Público Federal (MPF), Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Receita Federal entre outros.

Taísa Bittencourt participou do evento no ano passado, neste ano e espera sempre estar disponível. “Eu faço questão! Não tem preço poder ajudar essas pessoas que estão abandonadas na rua. De repente, vem a DPU, o Poder Judiciário e estende uma mão. Estamos falando de pessoas que tinham direitos a benefícios e que por muito tempo lhes foram negados. Com essa vitória, poderão sair das ruas, alugar um quartinho e recomeçar a viver com dignidade”, afirma.

Assessoria de Comunicação
Defensoria Pública da União