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DPU apresenta ações de combate ao genocídio de indígenas e afrodescendentes à ONU

Brasília – A gestão da Defensoria Pública da União (DPU) recebeu representantes da Organização das Nações Unidas (ONU), na tarde desta terça-feira (2), em Brasília (DF). Durante a reunião, foram apresentadas ações de combate à violência e ao genocídio dos povos indígenas e dos afrodescendentes realizadas pela DPU no Brasil.

A comitiva da organização internacional foi liderada pela Subsecretária-Geral da ONU, conselheira especial do secretário-geral para a Prevenção de Genocídio, a queniana Alice Wairimu Nderitu. Ela conheceu sobre o trabalho que a DPU realiza especialmente em relação aos povos indígenas, como o yanomami, comunidades em situação de vulnerabilidade do Rio de Janeiro e discursos de ódio.

O defensor público-geral federal em exercício, Fernando Mauro Junior, falou da importância de apresentar essa atuação a órgãos internacionais. “Essa visita representa uma oportunidade única para as instituições nacionais chamarem a atenção da comunidade internacional a situações de grande preocupação. Queremos aproveitar esta oportunidade para expressar nosso total apoio e compromisso com ações no campo da construção da paz e prevenção da violência”, afirmou.

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No encontro, o DPGF apresentou ainda uma carta, direcionada à conselheira especial, chamando atenção para questões como a continuidade das políticas de demarcação de terras e o fortalecimento dos órgãos nacionais de defesa indígena e da legislação nacional.

No que diz respeito à proteção dos afrodescendentes, ele destaca a importância de criar mecanismos para evitar a repetição de ações de grupos paramilitares do Estado, conhecidos como milícias, e outros agentes que resultam no assassinato em massa de afrodescendentes, especialmente nas periferias das cidades brasileiras.

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A reunião na DPU é parte de uma séria de agendas que a comitiva da organização internacional realiza no Brasil até 12 de maio com foco em consultas com altos funcionários do governo e outros parceiros para analisar a situação dos povos indígenas e da comunidade afro-brasileira.

Wairimu explicou que ao final da visita será produzido um resumo de tudo que conheceu nas reuniões para criar formas de trabalhar e ajudar o país nos desafios que enfrenta. “Todas as áreas que vocês falaram sobre as violações dos direitos humanos e o trabalho com as comunidades são impactantes. Em breve, teremos ideias mais sólidas sobre como trabalhar com vocês e tenho certeza de que vamos trabalhar juntos porque falamos a mesma língua”, afirmou.

Também participaram da reunião a defensora nacional de direitos humanos interina, Carolina Castelliano, o assessor especial para casos de grande impacto social, Ronaldo de Almeida Neto, o diretor-geral da Escola Nacional da Defensoria Pública da União, César Gomes, o oficial de assuntos políticos da assessoria especial da ONU para prevenção de genocídio, Castro Wesamba, a coordenadora residente da ONU no Brasil, Silvia Rucks Del Bo e a oficial para assuntos políticos Simona Cruciani.

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Assessoria de Comunicação Social
Defensoria Pública da União