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Brasília florida: DPU acompanha mulheres agricultoras na Marcha das Margaridas
Brasília – Centenas de mulheres realizaram, na manhã desta quarta-feira (16), a 7ª Marcha das Margaridas, em Brasília. Com cartazes, faixas e bandeiras, mulheres do campo, da floresta, das águas e das cidades trouxeram para a Esplanada dos Ministérios, na Capital Federal, suas pautas políticas. Saíram do Parque da Cidade e foram ao Congresso Nacional.
As defensoras Charlene Borges e Carolina Botelho representaram a Defensoria Pública da União (DPU) e acompanharam o ato. Para Borges, secretária-geral de Articulação Institucional da DPU, a Defensoria precisa estar próxima dos movimentos sociais por ser um instrumento do sistema de justiça e promover os direitos humanos.
“A Marcha das Margaridas é um momento muito simbólico em que a gente tem toda a coalizão dessa potência das lideranças femininas e dos movimentos sociais. Onde há pessoas vulnerabilizadas, há mulheres lutando por justiça”, disse.
O evento é feito de quatro em quatro anos e a última edição ocorreu em 2019. Em 2023 o lema é “Pela Reconstrução do Brasil e pelo Bem Viver”. Esta é a segunda edição na qual a defensora Carolina Botelho participa.
Segundo a defensora, a missão da DPU é “brigar pelos direitos das mulheres em situação de vulnerabilidade, principalmente as que moram no campo”. Carolina Botelho lembra que o Grupo de Trabalho Mulheres da DPU atua na defesa das mulheres carentes em processos perante a Justiça Federal, em todos os graus de jurisdição. Coletivamente, a DPU também desenvolve uma série de atividades nas esferas judicial e extrajudicial.
Reunião
Na tarde desta quarta-feira, representantes da Marcha das Margaridas estiveram na sede da DPU. O defensor público-geral federal em exercício, Fernando Mauro Junior, recebeu as líderes do movimento que entregaram um documento com sugestões de pautas. “É nosso objetivo estarmos mais próximos de movimentos, por isso é com alegria que recebemos vocês aqui”, afirma. Na ocasião, as líderes e os representantes da DPU discutiram situações específicas de entrepostos e fiscalizações.
Margaridas
Maria de Fátima Souza, de 71 anos, é rezadeira e veio do Nordeste para a Marcha. Para ela, o evento é sinônimo de luta. “É uma luta de todas nós, principalmente das mulheres rezadeiras sertanejas que eram discriminadas. Por meio desse movimento passamos a ser reconhecidas dentro do Ministério da Saúde como práticas integrativas complementares”, diz. “Hoje ainda tem discriminação, mas nós fazemos nosso papel. Hoje estou lutando pela reconstrução do nosso país”, afirma.
Jaiza Tremembé, veio do município de Acaraú, no Ceará. Percorreu mais de 1600 km para participar da Marcha. Para ela, “a representatividade de todas as mulheres faz a força coletiva da luta pelos direitos”.
A professora de Geografia, Érica Silva, também partilha dessa premissa. “Sou apaixonada pela Educação e pelo desenvolvimento sustentável e acredito na reestruturação do nosso país pelo bem viver de todos os brasileiros”, afirmou. Segundo ela, a luta da Marcha das Margaridas ajuda no acesso a comida de qualidade, água potável e ao bem viver.
GT Mulheres
O Grupo de Trabalho Mulheres da DPU atua no reconhecimento e na defesa dos direitos econômicos, sociais, culturais e ambientais das mulheres. Entre outras pautas, ele monitora ações de discriminação e violação de direitos das mulheres; dissemina conhecimento do direito universal à educação, à saúde e à proteção previdenciária; e promove a defesa dos direitos sexuais e reprodutivos.
É também função do GT Mulheres estimular a autonomia econômica da mulher e promover a igualdade no mundo do trabalho, em todas as suas acepções. Além disso, o GT fortalece a participação das mulheres nos espaços de poder e decisão e atua no enfrentamento e combate à violência contra a mulher.
Assessoria de Comunicação Social
Defensoria Pública da União